Membros das comunidades em Nampula relatam como as visitas domiciliárias realizadas no âmbito do projecto Fighting Malaria with Social and Behavior Change (FMSBC) estão a ter impacto na forma como lidam com a prevenção da malária. As visitas, que difundem informações sobre o uso correcto de redes mosquiteiras, saneamento do meio e a procura atempada de cuidados de saúde, têm sido elogiadas pelos beneficiários.
“Foi a primeira vez que alguém veio à minha casa para explicar sobre a rede mosquiteira e como ela pode proteger a minha família. Agora sei como cuidar melhor dos meus filhos contra a malária,” afirmou Feliza Diago, residente no distrito de Larde.
Para Júlio Mateus, morador de Monapo, as orientações recebidas durante as visitas foram fundamentais para proteger a sua família. “Eu usava a rede mosquiteira de forma errada, mas agora percebo como ela deve ser instalada e mantida limpa. Também aprendi sobre a importância de procurar o hospital assim que os sintomas aparecem”, explicou.
Segundo relatos, as visitas também influenciam acções concretas para melhorar as condições de saúde e higiene, como referiu Elsa Ali, residente em Nacala Porto. “Depois da visita, decidimos limpar a nossa casa e o quintal com mais frequência. Estas pequenas mudanças deram-nos mais confiança de que estamos a fazer o possível para evitar a malária”, afirmou Elisa.
Ana Macuácua, Coordenadora Sénior de Campo para SBC, destacou que estas intervenções geram confiança e fortalecem o compromisso das comunidades em aderir às práticas preventivas. “Com estas intervenções, as comunidades sentem-se ouvidas, apoiadas e capacitadas para agir”, reforçou Ana.
A relevância da acção também foi evidenciada pela identificação de casos que necessitavam de atenção médica. Durante o mês de Outubro, foram realizadas 306 visitas, abrangendo 818 pessoas. Destas, duas foram encaminhadas às unidades sanitárias – uma criança com febre e uma mulher grávida para consulta pré-natal.
As visitas domiciliárias, realizadas pelos facilitadores de campo, membros de comités de saúde e líderes comunitários, complementam outras acções do projecto, que tem como objectivo reduzir a incidência da malária através de mudanças de comportamento e maior acesso aos serviços de saúde.
O FMSBC é financiado pela USAID Mozambique e implementado pela Johns Hopkins University (JHU), Tchova-Tchova e h2n em colaboração com o Ministério da Saúde – MISAU.