Um estudo recente revelou que 33% das mulheres admitiram ter sofrido violência física ou sexual por parte do parceiro. No entanto, apenas 2% delas denunciaram o agressor. Por que tão poucas vítimas denunciam? Existem diversas razões para isso.
Primeiramente, muitas mulheres não conhecem os mecanismos de denúncia disponíveis, principalmente aquelas que vivem em áreas rurais. Além disso, os níveis de literacia dessas mulheres são baixos e o acesso à informação é limitado, o que dificulta ainda mais a busca por ajuda.
Por outro lado, há mulheres que conhecem os mecanismos de denúncia, mas optam por não utilizá-los por falta de confiança. Isso ocorre especialmente quando o agressor é alguém influente ou aparentemente mais poderoso financeiramente. Essas vítimas têm medo de retaliação por parte do agressor e de serem rejeitadas pela família ou comunidade, sendo acusadas de incitar a violência.
É fundamental que as autoridades e os denunciantes levem os casos de violência doméstica a sério e responsabilizem os agressores. Somente assim será possível encorajar mais vítimas a denunciarem e buscar ajuda.
Para combater efetivamente a violência de gênero, é necessário criar mecanismos de denúncia e leis adequadas, além de garantir que as pessoas conheçam e utilizem esses recursos. É preciso capacitar e engajar a polícia, líderes comunitários, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde para lidar com esses casos.
Além disso, é necessário expandir os serviços de apoio às vítimas, como os gabinetes de apoio a famílias e vítimas de violência, para diferentes regiões do país. Também é importante sensibilizar as comunidades e educar meninas, mulheres, meninos e homens sobre a violência de gênero, incluindo as leis e os mecanismos de denúncia disponíveis.
Se não tomarmos medidas efetivas, estaremos condenando as mulheres a viverem em situações de violência, que muitas vezes resultam em morte. A escolha é clara: devemos agir para proteger vidas e combater a violência doméstica.